26/07/2021
Maíra Menezes
Garantir a continuidade da formação de recursos humanos de excelência para a ciência e para o Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades para preservar a saúde e a vida de alunos e docentes em meio à pandemia. Esse é o foco principal das atividades desenvolvidas no âmbito dos programas de pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que têm sido intensas desde o início da pandemia, tanto para permitir que o fluxo de formação dos estudantes não seja interrompido quanto para fortalecer, com estudos científicos dedicados ao tema, o esforço global na busca de respostas em saúde pública para a Covid-19.
Entre março de 2020 (mês em que a Organização Mundial da Saúde caracterizou a Covid-19 como uma pandemia) e junho de 2021, os sete programas do IOC promoveram 188 defesas virtuais de teses e dissertações, ofereceram 83 disciplinas online e admitiram mais de 150 novos pós-graduandos em processos seletivos realizados inteiramente à distância. Paralelamente, deram início a dezenas de projetos de pesquisa, promoveram ações de extensão e divulgaram publicações com o objetivo de apoiar a resposta brasileira à maior emergência sanitária da história.
Atividades remotas: seminário discente na Medicina Tropical (acima) e defesa de doutorado na Biologia Computacional e Sistemas (abaixo)
Os vice-diretores de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Paulo Sérgio D’Andrea e Ademir Martins, que integram a diretoria eleita em maio para a gestão do Instituto no período 2021 a 2025, ressaltam a importância da cooperação, do diálogo e do acolhimento para enfrentar os desafios trazidos pela pandemia.
“Temos integral compromisso em apoiar as ações de Ensino no contexto da pandemia pensando em todos os atores envolvidos: alunos, docentes, coordenadores de programas e secretaria acadêmica. Agradecemos fortemente o empenho de todos, que tem sido fundamental para manter as atividades em meio a condições hostis”, afirma Paulo. “Em um momento muito desafiador, alguns dos nossos melhores atributos vieram à tona. Um dos aspectos é a participação do corpo discente no Ensino do IOC. Por meio de seus representantes, os alunos vêm apresentando sua agenda de necessidades de forma organizada e pautada no diálogo, contribuindo para a construção de caminhos para superar as adversidades”, pontua Ademir.
Do presencial ao virtual
A transição para o ambiente virtual foi o primeiro desafio para os programas de pós-graduação Stricto sensu do IOC durante a pandemia. Seguindo as recomendações sanitárias, as atividades presenciais foram limitadas em março de 2020. No mesmo mês, foi realizada a primeira defesa de tese online e, progressivamente, outras atividades acadêmicas foram adaptadas ao formato, o que incluiu o processo seletivo para novas turmas de mestrado e doutorado. A oferta de disciplinas a distância teve início em julho.
À frente da Vice-Direção de Ensino, Informação e Comunicação entre maio de 2017 e maio de 2021, o pesquisador Marcelo Alves Pinto destaca as adaptações necessárias ao ensino a distância. Enquanto os docentes precisaram adequar a forma e o conteúdo das aulas para o ambiente virtual, o IOC e a Fiocruz realizaram investimentos para ampliar o acesso às plataformas digitais e oferecer suporte especializado a professores e estudantes.
“O principal desafio foi conseguir vencer a barreira da instabilidade da rede de internet e mesmo da rede elétrica em toda a Fiocruz. Ainda estamos em processo de adaptação, mas já podemos dizer que a inserção do ensino virtual no IOC é uma grande conquista. Nossas disciplinas conseguem atingir discentes residentes em outros estados e outros países, fato que facilitou a internacionalização do ensino no Instituto”, declara Marcelo.
De acordo com os representantes discentes do IOC, a adaptação ao ambiente virtual também foi um desafio para os alunos. Muitos tiveram de lidar com a falta de equipamentos, acesso à rede e lugar adequado para estudo em casa. O Programa de Inclusão Digital da Fiocruz, vinculado à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), que forneceu tablets e chips de internet para os alunos, foi importante para o sucesso do ensino remoto emergencial.
Além das aulas, eventos importantes para a formação dos estudantes passaram a ser realizados virtualmente durante a pandemia. Entre eles, destacam-se o Centro de Estudos do IOC, tradicional encontro semanal para debate de temas atuais e de relevância histórica para a ciência, o Instituto e a Fiocruz, e a Semana da Pós-graduação Stricto sensu, que reúne as atividades do Fórum de Integração dos Alunos, o Prêmio de Teses Alexandre Peixoto e a Jornada Jovens Talentos.
“Uma vez em andamento o ambiente remoto, temos vários relatos interessantes. Há maior participação dos discentes no Centro de Estudos, não somente de visualização, mas de interação com comentários. Algumas disciplinas foram aprimoradas, uma vez que os alunos assistem às aulas de casa e têm mais tempo para estudar os conteúdos. O fórum discente também teve participação em massa”, afirmam os representantes discentes, Samuel Horita, Mayara Mattos e João Paulo Correia.
Ensino virtual: disciplinas oferecidas pelos Programas de Biologia Celular e Molecular (acima) e Biologia Parasitária (abaixo)
A suspensão das aulas práticas é apontada como um dos prejuízos da pandemia que não podem ser completamente reparados por atividades remotas. Porém, considerando o sucesso das disciplinas e dos eventos virtuais promovidos, a avaliação dos coordenadores dos programas de pós-graduação do IOC é de que a experiência servirá para acelerar o processo de transição para um modelo híbrido de ensino no futuro.
“Os softwares de comunicação online certamente terão um lugar de destaque no pós-pandemia. Aulas online puderam ser administradas para turmas de alunos maiores do que as que seriam comportadas em espaços físicos de sala de aula. Também tivemos participação muito maior de pesquisadores de outras instituições de ensino superior, inclusive de estrangeiros, nas bancas de conclusão de curso e nas disciplinas, agora não mais limitadas aos custos de passagens e diárias outrora envolvidos”, comentam os coordenadores do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária, Rafael Maciel de Freitas e André Roque.
“As disciplinas teóricas funcionam muito bem no ambiente virtual, em um formato que deve nos auxiliar no futuro. Por exemplo, podemos deixar aulas expositivas em vídeo gravadas para o aluno assistir e, nas reuniões síncronas, ter mais interação entre professor e estudante, com foco em discutir os temas. Na volta ao presencial, modelos mistos vão ser interessantes”, pondera a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Leila Mendonça.
A oferta de vagas nos cursos do IOC foi afetada pela pandemia. Algumas chamadas regulares foram suspensas, enquanto editais emergenciais foram lançados com foco específico na Covid-19. Em meio à turbulência, os processos virtuais de seleção são apontados como um potencial legado do período. Antes da pandemia, apenas a Pós-graduação em Biologia Parasitária oferecia opção de seleção completamente a distância, restrita ao doutorado.
No último ano, seis Programas efetivaram ingressos de mestrandos e doutorandos a partir de processos seletivos online. Em junho, o Mestrado Profissional em Vigilância e Controle de Vetores lançou seu primeiro edital nesse formato, que teve um enorme alcance em termos de distribuição geográfica dos candidatos: foram mais de 200 inscritos provenientes das cinco regiões do país.
Eleita em maio para o terceiro mandato como diretora do IOC, a coordenadora da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, Tania Araújo-Jorge, destaca que o processo seletivo do curso, realizado através do Campus Virtual da Fiocruz, contou com provas de inglês e de conteúdo escrito, com participação de dezenas de candidatos. “A plataforma institucional mostrou-se perfeitamente adaptada para receber, inclusive, dois candidatos com deficiência física, um com cegueira total e outro com visão parcial. Essas experiências potencializam a oferta de vagas para candidatos de outras cidades, estados e países, abrindo novas perspectivas de crescimento do Programa”, ressalta Tania.
Desafios pandêmicos
A suspensão das atividades acadêmicas presenciais interrompeu grande parte dos projetos de pesquisa de mestrandos e doutorandos do IOC, que se baseia em trabalhos de campo e experimentos laboratoriais. Seguindo as normas do Plano de Contingência do Instituto e da Fiocruz, a presença dos alunos nos laboratórios é autorizada apenas em caráter essencial, para atuação em estudos ligados à Covid-19, e em caráter excepcional, após processo de autorização pela Vice-Direção de Ensino, Informação e Comunicação (VDEIC/IOC).
Os representantes discentes do IOC apontam que muitos mestrandos matriculados no início da pandemia ainda não possuem dados para qualificação ou defesa e que há doutorandos que ainda não conseguiram defender suas teses. “Manter os alunos em casa com seus projetos sendo afetados foi um grande desafio. Como a pandemia ainda não cessou, precisamos pensar em estratégias para remediar esses impactos diariamente”, ressaltam os representantes discentes.
Eventos científicos movimentaram o calendário acadêmico, com grande participação dos estudantes
Neste contexto, os programas de pós-graduação estenderam os prazos para qualificações e defesas de mestrado e doutorado por seis meses. A medida foi possibilitada pela decisão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de excluir o critério referente ao tempo de titulação da avaliação quadrienal do período de 2017 a 2020. O Conselho Deliberativo do IOC aprovou ainda a criação do Fundo Emergencial Solidário de Bolsas para Alunos dos Programas de Pós do Instituto, que deve garantir a extensão do benefício, por até seis meses, para os estudantes que não conseguirem concluir sua titulação no período posterior aos primeiros seis meses de prorrogação de suas bolsas.
Discentes e docentes consideram que as medidas de prorrogação de prazos e bolsas são fundamentais nesse momento, porém ressaltam o descompasso entre o período de seis meses e a suspensão das atividades acadêmicas presenciais, que já dura mais de um ano. Neste cenário, a reformulação dos projetos de pesquisa coloca-se como um desafio e a avaliação é de que a produção acadêmica e tecnológica dos programas será afetada.
“A Comissão de Acompanhamento de Projetos já ampliou sua atuação, intensificando a realização de seminários e reuniões com os alunos. Quando pertinente, foi admitida a alteração dos projetos originais e a utilização domiciliar de equipamentos e materiais. Porém, a realização de trabalhos de campo, que são muito importantes, ainda é uma dificuldade, o que poderá levar ao redimensionamento de estudos”, afirma o coordenador da Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde, Cléber Galvão.
“Os impactos da pandemia serão observados a curto, médio e longo prazos. Neste momento, os principais desafios são a readequação e o desenvolvimento dos projetos, visando minimizar o impacto na produtividade do programa, pois a maioria dos trabalhos depende de parte experimental, atividades de campo em ambiente urbano ou silvestre, além da coleta de amostras biológicas em hospitais e ambulatórios, que tiveram as atividades de pesquisa interrompidas devido à pandemia”, afirma a coordenadora da Pós-graduação em Medicina Tropical, Vanessa de Paula.
As incertezas em relação aos projetos de pesquisa angustiam os estudantes, contribuindo para outro fator de preocupação nesse período: a saúde mental, afetada pelas perdas de familiares e amigos, pelo isolamento social e por consequências da pandemia, como a redução da renda familiar ou a necessidade maior de cuidados com filhos e idosos.
A coordenadora do Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores, Daniele Castro, acrescenta ainda, tendo em vista o perfil específico do curso, a atuação de muitos discentes na linha de frente da pandemia, uma vez que desempenham atividades profissionais na área da saúde. “Temos muito orgulho dos nossos discentes que foram convocados a atuar no enfrentamento da Covid-19. Além da exposição à doença também enfrentaram momentos de trabalho exaustivo. Vale ressaltar que a saúde mental de todos os nossos integrantes é uma grande preocupação, não apenas em relação àqueles que perderam algum familiar para a doença, como a todos que estão passando por esse período longo de isolamento e ainda aos que tiveram que trabalhar muitas horas a mais na linha de frente”, enfatiza a pesquisadora.
Ir além dos aspectos acadêmicos, para acolher e apoiar os discentes e docentes, tem sido fundamental nesse período, segundo a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas, Ana Carolina Guimarães. “A solidariedade é a marca dessa pandemia. Precisamos pensar no outro em todos os sentidos. Olhar para alunos e professores tentando ajudar não só no desenvolvimento dos projetos e no preparo das disciplinas, mas também no acompanhamento psicológico”, destaca a pesquisadora.
Acima, Workshop em Entomologia Forense, promovido pelo Programa de Biodiversidade e Saúde. Abaixo, reunião da coordenação e alunos da Pós em Vigilância e Controle de Vetores
Outro desafio enfrentado pelos pós-graduandos foi a paralisação temporária das atividades Programa de Estágio de Docência (PDE) do Instituto. A partir desta iniciativa, que concretiza como disciplina eletiva na grade curricular dos Programas Stricto sensu a atividade de estágio de docência, os estudantes do IOC precisam fazer um estágio supervisionado em universidades.
“Como a Fiocruz é uma instituição que não oferece cursos de graduação, contamos com o apoio de instituições públicas parceiras. Foi um desafio muito grande conseguir conciliar as aulas nas universidades, uma vez que foram suspensas no início da pandemia, com o programa do IOC”, lembra Vanessa de Paula, uma das coordenadoras do PED.
"Para garantir a formação dos discentes, o Programa de Estágio em Docência também se adaptou para o formato online. Graças à parceria dos professores supervisores das universidades conveniadas com o IOC, 137 discentes puderam conhecer os desafios e as novidades das tecnologias educacionais online. Os mestrandos e doutorandos que participaram da modalidade online foram muito elogiados pelas bancas de avaliação e pelos supervisores", comemora Vanessa.
Respostas à Covid-19
Características morfológicas e genéticas do novo coronavírus, mecanismos da doença, reação inflamatória, resposta imune, biomarcadores, fármacos, métodos de diagnóstico, monitoramento epidemiológico, modelos matemáticos, determinantes sociais, coinfecções, infecções em animais, disseminação ambiental, promoção da saúde, divulgação e comunicação científica. A diversidade de temas encontrados nas dezenas de estudos sobre a Covid-19 desenvolvidos nos programas de pós-graduação do IOC demonstra o engajamento institucional na resposta à pandemia.
A coordenadora da Pós em Medicina Tropical destaca que há 32 projetos de mestrado e doutorado em andamento com temas relativos ao agravo. “Como um programa que tem um histórico importante no enfrentamento de epidemias, é gratificante ver o protagonismo de discentes, egressos e docentes, que atuaram na linha de frente e produziram conhecimentos relevantes, tanto nos grandes centros, como em locais remotos e carentes do país”, destaca Vanessa de Paula.
A velocidade da reação da ciência é salientada pela coordenadora da Pós em Biologia Celular e Molecular. “O mundo científico reagiu de forma muito rápida à pandemia e vemos esse movimento na Fiocruz, no IOC e nos Programas de Pós-graduação do Instituto. Na Biologia Celular e Molecular, mais de 10% das publicações em 2020 foram em temas relacionados ao SARS-CoV-2 e à Covid-19”, comenta Leila Mendonça.
A coordenadora da Pós em Biologia Computacional e Sistemas ressalta ainda a grande participação de docentes e discentes em editais voltados para o fomento à pesquisa e à inovação com foco na Covid-19, o que se repete em diversos programas do IOC. “Por exemplo, docentes participam ou coordenam oito projetos nos editais específicos para Covid-19 do Programa Inova Fiocruz”, cita Ana Carolina Guimarães.
Acima, mobilização para criação do curso de planejamento escolar, com participação da Pós em Ensino em Biociências e Saúde. Abaixo, discente da Medicina Tropical atua na testagem de casos suspeitos de Covid-19
Projetos de extensão, que promovem a interação entre o meio acadêmico e a sociedade, também são parte das contribuições dos programas Stricto sensu para o enfrentamento da Covid-19. Entre diversas ações, a Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde estabeleceu um grupo de trabalho que elaborou uma Nota Técnica, publicada pelo IOC, com embasamento e sugestões para mitigar as iniquidades no acesso à educação básica no Brasil no contexto da pandemia. A publicação foi seguida por um ciclo de oito seminários virtuais e por um curso online com o tema ‘Planejamento escolar local na transpandemia’, oferecido através da Campus Virtual da Fiocruz, com 1.200 vagas para gestores da rede de ensino. Além disso, diversas outras iniciativas no âmbito da extensão e da divulgação científica foram implementadas.
“O Programa em Ensino em Biociências e Saúde nunca esteve tão unido em torno do enfrentamento de um desafio, com tanta disponibilidade de discentes e de docentes para participar das inovações propostas, com tanta criatividade e resiliência”, comenta a coordenadora Tania Araújo-Jorge. Outra ação de destaque do programa é a realização da ‘Semana Paulo Freire’, em que alunos, ex-alunos, docentes e especialistas convidados debatem sobre o futuro da educação e do ensino no país, em especial, no atual contexto da pandemia.
Marcos do período
Além das atividades virtuais, que devem modificar o ensino do IOC após a pandemia, docentes e discentes do Instituto avaliam que o período deixará marcas para o futuro. De um lado, as cicatrizes das perdas causadas pela Covid-19. De outro, os aprendizados, como a solidariedade, a integração e a superação de desafios.
“Este vai ficar marcado como um período de superação pessoal e profissional, em que percebemos a importância de nos cuidarmos e de pensarmos no próximo”, afirma Daniele Castro. “Esperamos que as principais marcas sejam a criatividade, flexibilidade, capacidade de se reinventar e comunicação global facilitada. E que as já presentes marcas de perdas de amigos e familiares, dos problemas financeiros, emocionais e psíquicos sejam superadas”, acrescentam Rafael Freitas e André Roque.
Cleber Galvão chama atenção ainda para as lições relacionadas à comunicação científica. “Durante a pandemia, o negacionismo e os ataques à ciência tomaram proporções alarmantes promovendo incertezas, simulando controvérsias e influenciando na adesão da população aos protocolos de prevenção e vacinação. Isso mostra que precisamos aprimorar nossas formas de comunicação e informação à população”, pontua.
Solidariedade às vítimas e aos familiares
A pós-graduação do IOC se solidariza com todos os docentes e discentes afetados pela Covid-19, em especial com os familiares e amigos de Bodo Wanke, Juliana de Meis, Marciano Viana Paes e Taiza Andrade Braga, que faleceram devido à doença. Pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Bodo era docente da Pós em Medicina Tropical do IOC e da Pós em Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). O infectologista ingressou na Fiocruz em 1980, para estruturar a área de micologia médica do IOC. Em 1986, transferiu-se para o INI, onde criou o Laboratório de Micologia Médica. O pesquisador faleceu na última quinta-feira, 22 de julho de 2021, aos 80 anos.
Juliana era docente do Programa de Biologia Celular e Molecular, com mestrado pelo mesmo programa e doutorado pela Pós em Biologia Parasitária. Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo do IOC, a imunologista faleceu no dia 16 julho de 2021, na véspera de completar 49 anos. Marciano atuava nos Programas de Biologia Parasitária e Medicina Tropical. Com mestrado e doutorado realizados na Pós em Biologia Celular e Molecular, o pesquisador do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do IOC faleceu no dia 12 de fevereiro de 2021, aos 50 anos. Graduada em Ciências Biológicas na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/UERJ), Taiza era egressa do Programa de Biologia Parasitária, tendo concluído o curso de mestrado em 2017.
Atualmente, o Ensino no IOC conta com 329 alunos de mestrado e 510 de doutorado, distribuídos pelos sete programas de pós-graduação Stricto sensu. O Instituto atua também na formação de mestres e doutores no Amazonas, Rondônia, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, Paraguai e Moçambique por meio de convênios com diferentes unidades da Fiocruz, institutos de pesquisa e instituições de ensino superior. A Unidade possui ainda quatro Programas de Pós-graduação Lato sensu, dois Cursos de Nível Técnico e promove a qualificação de estudantes de universidades públicas e privadas de todo o Brasil por meio de Cursos de Férias, oferecidos em duas edições ao ano.
Edição: Vinicius Ferreira